
Roseana Sarney e Arnaldo Melo. O que terá pedido o presidente da Assembleia em troca, para socorrer de novo a governadora?
Como já era esperado, o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), arquivou monocraticamente o pedido de impeachment da governadora Roseana Sarney (PMDB).
A justificativa oficial de Arnaldo Melo, segundo o Jornal O Imparcial foi, PASMEM, a de que a norma exige a apresentação de dois documentos originais referentes ao pedido e sua sustentação, no entanto somente um original e uma xerox foram apresentados.
De matar de rir.
Mas, nada disso é relevante.
Relevante mesmo é entender porque Arnaldo Melo agiu tão rápido para arquivar o pedido de afastamento da governadora, fato político que já preocupava o Palácio dos Leões, mobilizado desde segunda-feira (13) para atribuir à líderes da oposição, a apresentação do documento.
Para quem não lembra, Arnaldo passou dias à fio deixando o governo sangrar em praça pública no episódio da votação do orçamento 2014. Depois de expor Roseana ao vexame e só conseguir aprovar o orçamento no apagar das luzes de 2013, Arnaldo fortaleceu de vez a tese de que, ao controlar com mãos de ferro a casa que decidirá sobre quem será o futuro governador, no caso de renúncia da governadora, é Arnaldo quem detém o controle sobre o futuro político do estado.
Que Arnaldo Melo será o futuro governador do Maranhão em eventual mandato tampão, todo mundo sabe. O que resta saber agora é que, Arnaldo Melo, uma vez sentado na cadeira de governador e tendo que socorrer o grupo Sarney dia sim, dia não se contentará apenas em ficar alguns meses com o mandato de governador sem exigir que seja ele o candidato do grupo ao cargo nas eleições de outubro.
A julgar pela rapidez com que Arnaldo Melo arquivou o pedido de impeachment de Roseana Sarney, se eu fosse Luís Fernando, colocaria as barbas de molho.